A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou o acionamento da bandeira vermelha, no patamar 1, para este mês, indicando um aumento no custo da energia para os consumidores. Assim, a taxa extra deve resultar em uma alta de até R$ 42 na conta de luz dos consumidores sul-mato-grossenses.
Conforme nota oficial do Ministério de Minas e Energia, as contas de energia elétrica terão cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
“Diante do cenário de afluências abaixo da média em todo o País indicado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), projeta-se uma redução da geração hidrelétrica em relação ao mês anterior,
com um aumento nos custos de geração, em função da necessidade de acionamento de fontes de energia mais onerosas, como as usinas termoelétricas”, informou a Pasta.
De acordo com a presidente do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa Mato Grosso do Sul (Concen-MS), Rosimeire da Costa, é possível que nos próximos meses a situação se mantenha ou até mesmo piore.
“A gente não volta para a [bandeira] verde, porque não está chovendo. Então, o governo começa a despachar mais termoelétrica, para ficar com as usinas de reservatório supridas, e aí ela acaba sendo uma bateria que a gente tem sobressalente, porque é uma energia de fácil resposta, tanto a energia eólica quanto a termoelétrica, por isso que ela é chamada de energia de reserva”, esclareceu Rosimeire.
Ela ainda complementou que “a gente tem uma perspectiva de diminuição da quantidade hidrológica para esse período considerado seco, que é agosto, setembro e outubro. Então, é rezar para a gente ficar em bandeira vermelha patamar 1 e não subir para o patamar 2 nos próximos meses”.
CUSTOS
De acordo com o cálculo do Concen-MS, o valor do kWh varia por causa das taxas locais, como a cobrança da taxa de iluminação pública e os impostos federais.
Considerando as taxas cobradas em Campo Grande, para este mês, o aumento pode onerar o consumidor em até R$ 42, no comparativo com a bandeira verde.
O morador da Capital que gastava 50 kWh mensais pagava R$ 0,93 por kWh consumido em abril, R$ 0,95
em maio e, agora, passa a pagar R$ 0,98. Aqueles que consumiam 100 kWh desembolsavam R$ 1,12 por unidade em abril, foram a R$ 1,15 em maio e passam a responder por R$ 1,19 por kWh neste mês.
Por sua vez, o consumidor que gastava 200 kWh pagava R$ 1,27 em abril, enquanto no mês passado arcou com R$ 1,30 por kWh. Agora, ele passa a pagar R$ 1,34 neste mês.
Já o indivíduo que gastava 300 kWh pagava R$ 1,22 em abril, R$ 1,25 em maio e, agora, passa a pagar R$ 1,29 neste mês. E aqueles que consumiam 600 kWh arcavam com R$ 1,21 em abril, R$ 1,24 em maio e passam a desembolsar R$ 1,28 por kWh.
Considerando o valor estimado para cada faixa pelo Concen-MS, é possível afirmar que as unidades que consomem a partir de 600 kWh terão um aumento de R$ 42 na fatura de energia elétrica – isso comparando a bandeira verde com a vermelha, uma vez que uma conta que custava R$ 726 em maio passará a R$ 768 a partir deste mês.
Na faixa média de consumo, os que utilizam 300 kWh perceberão a diferença de R$ 12 entre o mês passado e o atual, cuja conta de luz que custava R$ 375 subirá para R$ 387. No comparativo entre as bandeiras verde e vermelha, a diferença será de R$ 21.
Os consumidores da faixa que utilizam 100 kWh por mês passarão de uma conta de R$ 112 na bandeira verde para R$ 119 na vermelha.
“Até o término do período seco, que vai até novembro, é possível que acionaremos de 70% a 80% das termelétricas. Portanto, há uma perspectiva de permanência da bandeira vermelha, pois quanto mais caro o PLD [Preço de Liquidação das Diferenças], mais complicado fica o preço para quem precisa comprar energia no curto prazo”, ressaltou Rosimeire.
BANDEIRAS
De acordo com a Aneel, o sistema de bandeiras permite que o consumidor faça escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, diminuindo a necessidade de acionar as termelétricas.
Antes da implementação das bandeiras, os custos de operação eram repassados apenas nos reajustes tarifários anuais, o que impedia o consumidor de ajustar o seu consumo em resposta a aumentos de preço em tempo real.
“As bandeiras permitem ao consumidor um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber do valor adicional antes do início do mês, ele pode adaptar o seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta”, informou a agência.
A presidente do Concen-MS também alertou os consumidores para a necessidade de um uso consciente da energia elétrica no Estado, a fim de evitar desperdícios.
“Recomendamos o uso do chuveiro na modalidade verão ou limitar o tempo de banho a 5 minutos na função inverno. Outra dica é acumular roupa para lavar e passar, além de tomar cuidado com equipamentos que consomem muita energia, como chuveiro, sanduicheira e air fryer”, orientou Rosimeire.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para indicar aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil, refletindo fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas.
Fonte: CorreiodoEstado
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou o acionamento da bandeira vermelha, no patamar 1, para este mês, indicando um aumento no custo da energia para os consumidores. Assim, a taxa extra deve resultar em uma alta de até R$ 42 na conta de luz dos consumidores sul-mato-grossenses.
Conforme nota oficial do Ministério de Minas e Energia, as contas de energia elétrica terão cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
“Diante do cenário de afluências abaixo da média em todo o País indicado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), projeta-se uma redução da geração hidrelétrica em relação ao mês anterior,
com um aumento nos custos de geração, em função da necessidade de acionamento de fontes de energia mais onerosas, como as usinas termoelétricas”, informou a Pasta.
De acordo com a presidente do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa Mato Grosso do Sul (Concen-MS), Rosimeire da Costa, é possível que nos próximos meses a situação se mantenha ou até mesmo piore.
“A gente não volta para a [bandeira] verde, porque não está chovendo. Então, o governo começa a despachar mais termoelétrica, para ficar com as usinas de reservatório supridas, e aí ela acaba sendo uma bateria que a gente tem sobressalente, porque é uma energia de fácil resposta, tanto a energia eólica quanto a termoelétrica, por isso que ela é chamada de energia de reserva”, esclareceu Rosimeire.
Ela ainda complementou que “a gente tem uma perspectiva de diminuição da quantidade hidrológica para esse período considerado seco, que é agosto, setembro e outubro. Então, é rezar para a gente ficar em bandeira vermelha patamar 1 e não subir para o patamar 2 nos próximos meses”.
CUSTOS
De acordo com o cálculo do Concen-MS, o valor do kWh varia por causa das taxas locais, como a cobrança da taxa de iluminação pública e os impostos federais.
Considerando as taxas cobradas em Campo Grande, para este mês, o aumento pode onerar o consumidor em até R$ 42, no comparativo com a bandeira verde.
O morador da Capital que gastava 50 kWh mensais pagava R$ 0,93 por kWh consumido em abril, R$ 0,95
em maio e, agora, passa a pagar R$ 0,98. Aqueles que consumiam 100 kWh desembolsavam R$ 1,12 por unidade em abril, foram a R$ 1,15 em maio e passam a responder por R$ 1,19 por kWh neste mês.
Por sua vez, o consumidor que gastava 200 kWh pagava R$ 1,27 em abril, enquanto no mês passado arcou com R$ 1,30 por kWh. Agora, ele passa a pagar R$ 1,34 neste mês.
Já o indivíduo que gastava 300 kWh pagava R$ 1,22 em abril, R$ 1,25 em maio e, agora, passa a pagar R$ 1,29 neste mês. E aqueles que consumiam 600 kWh arcavam com R$ 1,21 em abril, R$ 1,24 em maio e passam a desembolsar R$ 1,28 por kWh.
Considerando o valor estimado para cada faixa pelo Concen-MS, é possível afirmar que as unidades que consomem a partir de 600 kWh terão um aumento de R$ 42 na fatura de energia elétrica – isso comparando a bandeira verde com a vermelha, uma vez que uma conta que custava R$ 726 em maio passará a R$ 768 a partir deste mês.
Na faixa média de consumo, os que utilizam 300 kWh perceberão a diferença de R$ 12 entre o mês passado e o atual, cuja conta de luz que custava R$ 375 subirá para R$ 387. No comparativo entre as bandeiras verde e vermelha, a diferença será de R$ 21.
Os consumidores da faixa que utilizam 100 kWh por mês passarão de uma conta de R$ 112 na bandeira verde para R$ 119 na vermelha.
“Até o término do período seco, que vai até novembro, é possível que acionaremos de 70% a 80% das termelétricas. Portanto, há uma perspectiva de permanência da bandeira vermelha, pois quanto mais caro o PLD [Preço de Liquidação das Diferenças], mais complicado fica o preço para quem precisa comprar energia no curto prazo”, ressaltou Rosimeire.
BANDEIRAS
De acordo com a Aneel, o sistema de bandeiras permite que o consumidor faça escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, diminuindo a necessidade de acionar as termelétricas.
Antes da implementação das bandeiras, os custos de operação eram repassados apenas nos reajustes tarifários anuais, o que impedia o consumidor de ajustar o seu consumo em resposta a aumentos de preço em tempo real.
“As bandeiras permitem ao consumidor um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber do valor adicional antes do início do mês, ele pode adaptar o seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta”, informou a agência.
A presidente do Concen-MS também alertou os consumidores para a necessidade de um uso consciente da energia elétrica no Estado, a fim de evitar desperdícios.
“Recomendamos o uso do chuveiro na modalidade verão ou limitar o tempo de banho a 5 minutos na função inverno. Outra dica é acumular roupa para lavar e passar, além de tomar cuidado com equipamentos que consomem muita energia, como chuveiro, sanduicheira e air fryer”, orientou Rosimeire.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para indicar aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil, refletindo fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas.