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CLT virou xingamento entre adolescentes que querem fugir do trabalho como é hoje.


Divulgação

Trabalho com carteira assinada está virando até xingamento entre os mais jovens. Quem acessa redes sociais ou está por dentro das conversas dos filhos adolescentes, até mesmo crianças, já sabe que CLT é super mal vista.

 

A sigla significa Consolidação das Leis do Trabalho e assegura coisas como férias, jornada diária máxima de 8 horas, seguro-desemprego, hora extra e 13º salário. Ela reúne deveres e direitos trabalhistas conquistados há mais de 80 anos no Brasil.

 

Será que esse modelo não serve para as próximas gerações de trabalhadores? Para ter uma ideia, a reportagem perguntou a estudantes do Ensino Médio de Campo Grande como eles se veem no futuro.

 

 

Estudante de uma escola particular do Bairro Chácara Cachoeira, Camila Ribas, 15, quer se formar em Arquitetura e Urbanismo. Para trabalhar com carteira assinada? Nem pensar.

 

O que assusta a menina são as condições de trabalho impostas pelos patrões. Se ela pudesse mudar alguma coisa no que existe hoje, seria a carga horária exaustiva que deve ser cumprida.

 

"A escala 6x1 acho que não vale a pena, sobrecarrega muitas pessoas. A gente não tem preparo emocional para suportar essa carga de trabalho", falou. Por enquanto, ela está decidida a apostar em ter a própria empresa. "Acho que vale mais a pena", afirma.

 

 

Aluno de escola estadual localizada na Vila Cruzeiro, Arthur Miguel Souza, 15, cursa o primeiro ano do Ensino Médio. Ele é outro não interessado em trabalhar para alguém.

 

Atualmente, o adolescente ganha um dinheiro fazendo edição de vídeo por conta própria. "Depois da escola, quero continuar trabalhando sem carteira assinada, talvez fazer um curso de Marketing", disse.

 

Ele reconhece os benefícios da CLT, embora não queira encarar. "Por um lado, é bom você ter o seu emprego ali, mas por outro lado você vai depender de outra pessoa, trabalhar para certa pessoa. Não é o que eu gostaria para o meu futuro. Quero ter uma empresa própria para ser meu próprio patrão", conclui.

 

O estudante acrescenta que gostaria de ter aula de finanças na escola para aprender a administrar o próprio dinheiro.

 

Júlia Araújo, 17, é aluna do Ensino Médio da mesma escola particular que Camila. Ela prevê comandar a empresa da família no futuro. "Ah, eu quero trabalhar com uma carga horária que não seja tão sufocante. Que tenha momentos para respirar, não seja muito pesado", projeta.

 

A família dela é de comerciantes. Nem com o direito à aposentadoria a adolescente espera contar ao envelhecer. "Hoje em dia é muito complicado, muitas vezes o próprio governo não autoriza por vários motivos. Não convém", diz.

 

 

João Felipe Coelho, 14, também estuda na escola da Vila Cruzeiro. Ele sonha em ser fisioterapeuta e foi o que menos mostrou resistência à carteira assinada.

 

"Acho muito importante ter direitos trabalhistas, porque muitas vezes a pessoa está cansada de tanto trabalhar ou precisa de uma folga, mesmo que o chefe não dê apoio. Se eu pudesse mudar algo, mudaria a escala de trabalho. Eu, por exemplo, não passo muito tempo com meus pais. Se as pessoas pudessem trabalhar só até sábado, seria bom", comentou.

 

Mercado de trabalho na Capital – Segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua trimestral, considerando o último trimestre de 2024, 29,7% dos jovens de 18 a 24 anos em Campo Grande fazem trabalhos informais. Entre essa mesma faixa etária, 5,4% estão desocupados.

Outra pesquisa do IBGE, publicada em 2022, mostra a migração da carteira assinada para o modelo MEI (Microempreendedor Individual): cerca de um quinto dos MEIs (20,1%) era registrado em nome de jovens com até 29 anos de idade. Dados mais atualizados ainda não estão disponíveis.

Fonte: CampoGrandeNews



CLT virou xingamento entre adolescentes que querem fugir do trabalho como é hoje.

Divulgação

Trabalho com carteira assinada está virando até xingamento entre os mais jovens. Quem acessa redes sociais ou está por dentro das conversas dos filhos adolescentes, até mesmo crianças, já sabe que CLT é super mal vista.

 

A sigla significa Consolidação das Leis do Trabalho e assegura coisas como férias, jornada diária máxima de 8 horas, seguro-desemprego, hora extra e 13º salário. Ela reúne deveres e direitos trabalhistas conquistados há mais de 80 anos no Brasil.

 

Será que esse modelo não serve para as próximas gerações de trabalhadores? Para ter uma ideia, a reportagem perguntou a estudantes do Ensino Médio de Campo Grande como eles se veem no futuro.

 

 

Estudante de uma escola particular do Bairro Chácara Cachoeira, Camila Ribas, 15, quer se formar em Arquitetura e Urbanismo. Para trabalhar com carteira assinada? Nem pensar.

 

O que assusta a menina são as condições de trabalho impostas pelos patrões. Se ela pudesse mudar alguma coisa no que existe hoje, seria a carga horária exaustiva que deve ser cumprida.

 

"A escala 6x1 acho que não vale a pena, sobrecarrega muitas pessoas. A gente não tem preparo emocional para suportar essa carga de trabalho", falou. Por enquanto, ela está decidida a apostar em ter a própria empresa. "Acho que vale mais a pena", afirma.

 

 

Aluno de escola estadual localizada na Vila Cruzeiro, Arthur Miguel Souza, 15, cursa o primeiro ano do Ensino Médio. Ele é outro não interessado em trabalhar para alguém.

 

Atualmente, o adolescente ganha um dinheiro fazendo edição de vídeo por conta própria. "Depois da escola, quero continuar trabalhando sem carteira assinada, talvez fazer um curso de Marketing", disse.

 

Ele reconhece os benefícios da CLT, embora não queira encarar. "Por um lado, é bom você ter o seu emprego ali, mas por outro lado você vai depender de outra pessoa, trabalhar para certa pessoa. Não é o que eu gostaria para o meu futuro. Quero ter uma empresa própria para ser meu próprio patrão", conclui.

 

O estudante acrescenta que gostaria de ter aula de finanças na escola para aprender a administrar o próprio dinheiro.

 

Júlia Araújo, 17, é aluna do Ensino Médio da mesma escola particular que Camila. Ela prevê comandar a empresa da família no futuro. "Ah, eu quero trabalhar com uma carga horária que não seja tão sufocante. Que tenha momentos para respirar, não seja muito pesado", projeta.

 

A família dela é de comerciantes. Nem com o direito à aposentadoria a adolescente espera contar ao envelhecer. "Hoje em dia é muito complicado, muitas vezes o próprio governo não autoriza por vários motivos. Não convém", diz.

 

 

João Felipe Coelho, 14, também estuda na escola da Vila Cruzeiro. Ele sonha em ser fisioterapeuta e foi o que menos mostrou resistência à carteira assinada.

 

"Acho muito importante ter direitos trabalhistas, porque muitas vezes a pessoa está cansada de tanto trabalhar ou precisa de uma folga, mesmo que o chefe não dê apoio. Se eu pudesse mudar algo, mudaria a escala de trabalho. Eu, por exemplo, não passo muito tempo com meus pais. Se as pessoas pudessem trabalhar só até sábado, seria bom", comentou.

 

Mercado de trabalho na Capital – Segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua trimestral, considerando o último trimestre de 2024, 29,7% dos jovens de 18 a 24 anos em Campo Grande fazem trabalhos informais. Entre essa mesma faixa etária, 5,4% estão desocupados.

Outra pesquisa do IBGE, publicada em 2022, mostra a migração da carteira assinada para o modelo MEI (Microempreendedor Individual): cerca de um quinto dos MEIs (20,1%) era registrado em nome de jovens com até 29 anos de idade. Dados mais atualizados ainda não estão disponíveis.


Fonte: CampoGrandeNews


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